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Rascunhos...apenas rascunhos e nada mais...

sábado, junho 24, 2006

Jovens da Coopermaia redescobrem grandes poetas portugueses
O Jornal Maia Hoje apresenta uma notícia sobre o espectáculo de poesia e dança!
Considerando que a parte mais importante do espectáculo foi de facto o recital de poesia, o Jornal optou por colocar uma foto da "minha / nossa" dança, numa verdadeira acrobacia de chapéus atirados com os pés!
Uma foto de um Bocage de capa vermelha, de um Fernando Pessoa de casaco e óculos (mas a quem faltou um bigode), de uma Sophia de lenço à volta do pescoço, ou até de um Eugénio de Andrade com um estilo formal teria sido mais revelador do verdadeiro objectivo daquele espectáculo.
Apesar de tudo, o Jornal consegui captar as informações mais importantes e as verdadeiras metas a atingir com outros espectáculos vindouros...
Convido-vos a ler a notícia no seguinte endereço:

quarta-feira, junho 21, 2006

Apenas...


A Joana chora sempre, chora por tudo e por nada, chora por si e pelos outros, não se sabe onde vai buscar tantas lágrimas.

Húmus, de Raul Brandão

Há dias em que não acordamos bem para nada...e só nos lembramos de frases tristes ou, diria até estúpidas, que lêmos em algum sítio como se tivessem sido escritas por nós!

Não é o caso...acordei apenas aborrecida!

domingo, junho 18, 2006



Ali defronte, abriam-se aos olhos de Ruca as vagas que rebentavam lá em baixo. "Sim, vão matar." Que mistério era aquela grandeza de espuma branca, eriçando o mar?

- Vocês não gostavam de ser onda?

- Deve ser bom. Assim por cima da água nem é preciso saber nadar. Quem me dera ser onda! - E Beto abria os braços.

- Mas Ruca - considerou Zeca -, não se pode ser onda. Ainda se uma pessoa fosse entrava com essa força do mar onde a gente queria. Onda ninguém amarra com corda.

Quem me der ser onda, Manuel Rui

Recordei alguns dos livros arrumados na estante desde o momento em que acabei o meu curso.

Enquanto folheava um deles (tendo eu a mania de sublinhar todas as frases dos livros que me tocam no momento) encontrei este pequeno excerto...
Mais do que me ter sensibilizado no momento em que o li, este pequeno excerto tocou-me agora...nada poderia representar melhor as minhas necessidades, a minha angústia...
Preciso de espaço, preciso de liberdade...novas pessoas, novas actividades, novas mentalidades, novas conversas, diferentes assuntos...
Chegam as conversas inúteis, chegam as futilidades!
Deixem a maresia envolver-me totalmente...Deixem-me ser livre como uma onda!

sábado, junho 17, 2006

A Coopermaia

Na quinta-feira, dia 15 de Junho de 2006, a Coopermaia apresentou no auditório o espectáculo de Poesia e Dança realizado nos XV Jogos Nacionais das Cooperativas de Habitação, em Sintra, nos dias 29, 30 de Abril e 01 de Maio deste ano.
As caras eram conhecidas...mas não eram os tão famosos sócios da Coopermaia que receberam convite...
De facto, todas as caras eram bastante familiares, porque se reduziam quase exclusivamente aos "nossos" convidados...aqueles que não receberam nenhum convite em papel amarelo com letras azuis, aqueles cujo convite foi apenas por via oral [ou via sms :)], mas ainda assim compareceram, aplaudiram e deram os parabéns a todos os que participaram.
Agradeço a TODOS!
O espectáculo, no que à parte de poesia diz respeito, abrangia quatro poetas portugueses:
  1. Bocage
  2. Fernando Pessoa
  3. Sophia de Mello Breyner
  4. Eugénio de Andrade

Felicito-me ainda hoje por me ter sido atribuído o papel de Fernando Pessoa...não fosse Este o meu POETA! Nada me poderia ter dado mais gozo!Apesar de o bigode ter escapado numa passeata pelos pés dos que passavam...

Não apareceu o bigode, mas apareci eu, com casaco, óculos, chapéu...e, segundo alguns :), surgiu um óptimo Fernando Pessoa!

Agradeço a quem acredita que eu até tenho jeito para aquilo...nada me poderia agradar mais...há que ter jeito pelos menos para alguma coisa:)

O Início

Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.
Fernando Pessoa